Nova York em movimento

Nova York em movimento, Barthes na berlinda e outros links

Plan of the City é um filme de pouco mais de 13 minutos de Joshua Frenkel. Mistura arquitetura, cinema, animação – tudo em Nova York. No fundo, a música de Judd Greenstein, executada pelo NOW Ensemble, cria uma clima agradável. O filme é bastante bom. Com algum exagero, Alex Ross (ver aqui o blog de Ross), crítico de música clássica da revista The New Yorker, o classifica de “deslumbrante”.

The Open Daybook é mais que um calendário perpétuo. Editado por David P. Earle, pelo livro desfilam artistas contemporâneos, um por cada página do ano. Entre eles a multiartista Miranda July (também escritora, também cineasta, também quase tudo). Há profusão de imagens no Google. Um antídoto contra a monotonia do perpétuo. Quem tem iPad pode encontrar menção ao livro na janela que Maria Popova ocupa no aplicativo Flipboard.

O crítico de arte americano James Elkins escreveu What photography is com o único propósito de atacar Câmara Clara, o clássico de Roland Barthes. Elkins diz que a visão de Barthes sobre fotografia está inteiramente errada. Resta provar que a dele está certa. Na Amazon americana o livro de Elkins pode ser comprado por US$ 29,11 e, na versão Kindle, por US$ 21,22.

Por falar em fotografia, ninguém perde a viagem visitando blogs portugueses sobre o assunto. São interessantes gravidosilencio (vale também pelo nome), aluzclara e artephotographica. Neste último, a primeira nota fala da retrospectiva da venturosa Lee Miller que está sendo exibida em La Coruña (Espanha). Miller fez fotos de moda, portraits de artistas e de guerra. Entrou na Alemanha a bordo das tropas de ocupação que aniquilaram o Terceiro Reich, onde colheu imagens pungentes e, pelo menos uma, divertida – fotografou-se em pelo na banheira de Hitler. Miller aprendeu fotografia com Edward Steinchen, foi amante de Man Ray, flertou com Picasso, casou primeiro com um egípcio e depois com o crítico de arte Roger Penrose. No fim da vida, fez sucesso ensinando culinária na televisão inglesa. Há muito livros sobre a personagem: Lee Miller: a life, de Carolyn Burke (US$ 12,00), The lives of Lee Miller, de Anthony Penrose, filho dela (US$ 23.96) e Lee Miller’s War, também de Anthony Penrose com David E. Scherman.

A vinda à Flip de Claude Lanzman, diretor do monumental documentário Shoah sobre o Holocausto, faz lembrar que ainda faltam nas estantes brasileiras clássicos sobre o tema, como L’espece humaine, do francês Robert Antelme (9,40 euros na edição Tel Gallimard), Necropolis, do esloveno Boris Pahor (17,50 euros na edição da Anagrama da Espanha), ou o portentoso The destruction of european jews clássico de Raul Hilberg (três volumes, US$ 127,58 na amazon; há usados em bom estado bem mais baratos).

3 respostas para Nova York em movimento

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *